As 10 melhores obras dos Museus Capitolinos de Roma

Se você é apaixonado por arte e história, não pode deixar de visitar os Museus Capitolinos em Roma. As coleções do museu mais antigo do mundo o deixarão maravilhado. Você está pronto?
As 10 melhores obras dos Museus Capitolinos de Roma

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Desde que o Papa Sisto IV doou um conjunto de bronzes aos Museus Capitolinos de Roma no século XV, sua coleção não parou de crescer, tornando-se assim o principal museu municipal da cidade e um local imperdível durante uma escapada à capital italiana.

Entre suas paredes há muito para ver. Autênticos tesouros artísticos de diferentes épocas, dos quais vou dar uma pequena amostra neste post para ajudar a contextualizar o que você poderá descobrir quando estiver lá. Ah! E não se esqueça de dar uma olhada no preço dos ingressos para os Museus Capitolinos e nos horários de funcionamento dos Museus Capitolinos para preparar sua visita em detalhes.

1. A Loba Capitolina

Estátua da Loba Capitolina| ©Daniel Kelly
Estátua da Loba Capitolina| ©Daniel Kelly

No centro da Sala da Loba, nos Museus Capitolinos, encontra-se a estátua da Loba Capitolina, o símbolo de Roma.

Reza a lenda que esta loba encontrou nas águas do rio Tibre, perto da colina Palatina, os gêmeos Rômulo e Remo, a quem cuidou e amamentou como se fossem seus filhos. Mais tarde, ambos se tornariam os fundadores da cidade, embora muitas teorias afirmem que esse mito é apenas uma invenção dos romanos para envolver de épica e glória o nascimento da cidade imperial.

A estátua da “Loba Capitolina” data dos séculos XI ou XII e é feita em bronze. Acredita-se que seja uma cópia de uma estátua etrusca que tinha um papel sagrado na Roma Antiga. As duas pequenas figuras de Rômulo e Remo que acompanham “Luperca”, por outro lado, foram adicionadas ao conjunto posteriormente, no final do século XV.

Como curiosidade, na Praça do Campidoglio (de cujo mirante se tem uma das melhores vistas de Roma) existe uma réplica da Loba Capitolina que também atrai muitos olhares. Não se esqueça de tirar uma foto!

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2. A estátua equestre de Marco Aurélio

Estátua equestre de Marco Aurélio| ©Tyler Bell
Estátua equestre de Marco Aurélio| ©Tyler Bell

Durante a época do Império Romano, as estátuas equestres eram muito numerosas na cidade, mas o que torna a de Marco Aurélio especial é que se trata da única estátua equestre da Antiguidade que sobreviveu à Idade Média. Durante esse período, a maioria dessas obras de arte foi fundida para cunhar moedas com seu bronze.

Se a estátua equestre de Marco Aurélio chegou até nossos dias, foi porque foi confundida com o imperador Constantino I, que, por meio do Édito de Milão, interrompeu a perseguição aos cristãos e concedeu liberdade de culto no Império.

Atualmente, a estátua encontra-se no Palácio dos Conservadores dos Museus Capitolinos e existe um certo debate sobre qual era sua localização original. O mais provável parece ser o Fórum Romano ou a Piazza Colonna (onde ficava a Coluna Antonina) e não perto da Basílica de São João de Latrão, como atestam fontes medievais desde o século X.

Você poderá ver uma réplica desta estátua de bronze do século II d.C. na Praça do Campidoglio, onde Michelangelo colocou a original no século XVI.

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3. O Galata Moribundo

Galata Moribundo| ©Javier Valero Iglesias
Galata Moribundo| ©Javier Valero Iglesias

Juntamente com as anteriores, a estátua do Galata Moribundo é uma das mais populares dos Museus Capitolinos, pois mostra com grande realismo a dor de um gaulês derrotado em combate pelo rei Átalo I de Pérgamo, que luta contra a morte e se recusa a ceder ao seu destino.

Acredita-se que esta obra seja uma cópia romana em mármore de uma obra helenística anterior em bronze, que se enquadra na Escola de Pérgamo, que costumava aprofundar a expressão do pathos. Sua qualidade artística a tornou uma das obras da Antiguidade mais admiradas pelos viajantes europeus do Grand Tour.

Parece que a estátua do Galata Moribundo foi descoberta durante escavações na Villa Ludovisi no início do século XVII, junto com a estátua do Galata Suicidando-se (exposta no Palácio Altemps do Museu Nacional Romano), pois ambas faziam parte de um grupo escultórico de quatro figuras.

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4. A Vênus Capitolina

Estátua da Vênus Capitolina| ©Ana Rey
Estátua da Vênus Capitolina| ©Ana Rey

A Vênus Capitolina é outra das estátuas mais populares dos Museus Capitolinos. Você a encontrará no conhecido “Gabinete de Vênus”, no piso térreo do Palácio Novo do Campidoglio.

Esta escultura é uma réplica de uma escultura helenística criada por Praxíteles no século IV a.C. Foi encontrada nas proximidades da Basílica de San Vital no século XVII e o papa Bento XIV a comprou da família Stazi para doá-la aos Museus Capitolinos.

Representa a deusa Vênus saindo do banho nua, em atitude de recolhimento, e foi objeto de inúmeras réplicas conhecidas como “Vênus Capitolinas”.

5. A cabeça da colossal estátua de Constantino

Restos de estátuas gigantes| ©Sakena
Restos de estátuas gigantes| ©Sakena

Na mesma sala do Palácio dos Conservadores onde se encontra a estátua equestre de Marco Aurélio, você também poderá contemplar a cabeça da estátua colossal de Constantino, que fazia parte de uma estátua sentada do imperador datada do século III d.C., da qual ainda se conservam outras partes e que você também poderá ver na visita aos Museus Capitolinos.

Os restos da estátua colossal de Constantino foram localizados na Basílica de Majêncio, no Fórum Romano, no século XV.

6. O Espinário

Estátua Espinário| ©Javier Valero Iglesias
Estátua Espinário| ©Javier Valero Iglesias

Esta escultura de bronze do século I a.C. é outra das obras mais populares dos Museus Capitolinos devido à sua pose singular e temática pouco comum. De fato, durante o Renascimento, ela se tornou muito apreciada e deu origem a várias réplicas, como as que estão expostas no Museu do Louvre, em Paris, ou no Museu Pushkin, em Moscou.

O Espinário representa um rapaz sentado que observa a planta do pé esquerdo para retirar uma espinha que se cravou nele.

7. O Busto de Medusa

Busto de Medusa| ©Ana Rey
Busto de Medusa| ©Ana Rey

Na mitologia grega, Medusa era uma mulher com cabelos de serpentes que tinha o poder de petrificar qualquer um que ousasse olhar nos seus olhos.

Este busto é uma obra realizada por Gian Lorenzo Bernini no século XVII que representa o momento exato da metamorfose. A intenção do artista com esta escultura era manifestar o talento do escultor e, ao mesmo tempo, brincar com o espectador, que pode ficar “paralisado” como Medusa ao admirar suas habilidades com o cinzel.

Você encontrará esta obra de arte exposta no Palácio dos Conservadores dos Museus Capitolinos.

8. O Marforio

O Marforio nos Museus Capitolinos| ©Ana Rey
O Marforio nos Museus Capitolinos| ©Ana Rey

Outra das obras de arte mais famosas dos Museus Capitolinos é o Marforio, uma escultura colossal em mármore que data do século I d.C. e que, inicialmente, adornava uma fonte romana da época flaviana.

Representa a personificação de um oceano ou de um rio e foi encontrada no século XVI no Fórum de Augusto, junto ao templo de Marte Ultor. Atualmente, pode ser contemplada no pátio do Palácio Novo.

9. O Mosaico das Pombas

Pintura O Mosaico das Pombas| ©Andrés Campillo Castejón
Pintura O Mosaico das Pombas| ©Andrés Campillo Castejón

Este fantástico mosaico do século II, encontrado na Villa Adriana de Tivoli durante o século XVIII, acredita-se ser uma cópia helenística da obra que Soso de Pérgamo realizou para decorar o palácio do rei Eumenes II de Pérgamo.

O Mosaico das Pombas é um excelente exemplo do grau de habilidade alcançado pela técnica do mosaico em Roma, criando efeitos muito realistas com apenas algumas tesselas de vidro e mármore.

Você pode contemplar esta obra na Sala das Pombas. Lá você também terá a oportunidade de ver outros achados interessantes, como outros mosaicos, baixos-relevos e algumas placas de bronze com leis gravadas.

10. A Buenaventura de Caravaggio

Pintura A Fortuna, de Caravaggio| ©Caravaggio
Pintura A Fortuna, de Caravaggio| ©Caravaggio

Por último, na sala de Santa Petronilla, poderá observar a tela de La Buenaventura, uma das primeiras obras do pintor Caravaggio, que foi bastante revolucionária para o final do século XVI, pois saía do quadro histórico dominante na época (onde abundavam os temas bíblicos e mitológicos) para se concentrar na vida cotidiana das pessoas daquela época.

La Buenaventura representa uma cigana prevendo o futuro a um jovem ingênuo, a quem também rouba o anel da mão, aproveitando-se do fato de ele estar distraído com o seu sorriso.

Além do tema, tão diferente do habitual, esta obra causou agitação entre os estetas da época. O motivo? Observe as mãos da garota, pois Caravaggio as representou sujas, refletindo assim a falta de higiene das classes populares da época.

Como eu disse, isso não agradou nada aos estetas, que em suas pinturas não faziam nenhuma concessão à vida cotidiana, mas afirmavam que na arte a beleza deveria ser priorizada e elevada acima dos temas sociais.

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Análises de outros viajantes

4.7
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  • J
    J. U.
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    A visita foi enriquecedora, mas o ideal seria ter mais tempo para explorar por conta própria.
  • X
    X. O.
    4
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    Tive uma experiência fantástica ao explorar os museus com um guia só para nós, valeu mesmo a pena!
  • D
    D. A.
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    Adorei visitar este sítio cheio de história na minha viagem a Roma; mergulhei realmente na arte antiga. O guia era muito conhecedor e tornou a visita muito agradável.
  • Z
    Z. V.
    4
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    A visita aos museus Capitolinos foi a melhor, nunca tinha visto nada assim. Um guia simpático, tudo perfeito.
  • F
    F. T.
    4
    (0 Avaliações)
    A visita foi incrível, especialmente pela riqueza da história, embora eu ache que a visita poderia beneficiar de um pouco mais de tempo em cada sala para melhor apreciar as obras.