Experiência de tubing em cavernas na Belize City com almoço

O dia começa com uma viagem confortável ao longo da George Price Highway, ladeada por plantações de cacau e florestas de ceiba gigantes; o guia conta lendas sobre Xibalba, o submundo Maia. Quando se chega ao parque, troca-se o asfalto por um trilho: o som dos tucanos e dos riachos guia os passos sobre raízes e pontes de cipó até à entrada da primeira caverna. A água é tão límpida que reflecte a abóbada calcária como um espelho, e basta deixar-se levar para sentir a temperatura baixar alguns graus.

Já no seu pneu, ligado aos seus companheiros, desliga a lanterna de cabeça durante alguns segundos e o rio torna-se um corredor de escuridão absoluta: apenas se ouve o eco de gotas antigas a esculpir colunas de travertino. De repente, a guia acende a luz e revela um painel de estalactites que pendem como presas de cristal por cima da sua cabeça; explica que ali se encontravam oferendas de obsidiana destinadas aos deuses da chuva.

Depois de quase uma hora de descida intercalada com pequenos passeios internos, a gruta conduz a uma clareira na selva onde nos espera um almoço fumegante de frango estufado, arroz e feijão e banana frita. Comer à sombra das amendoeiras da montanha enquanto os macacos uivadores marcam território é parte integrante da experiência.

O regresso ao ponto de partida é feito em veículo com ar condicionado; no caminho de volta à cidade, o seu guia resume a importância dos sistemas cársicos para o abastecimento de água do Belize e partilha anedotas sobre a vida selvagem local - se estiver atento, poderá avistar quatis ou iguanas a apanhar sol nas bermas. Em menos de seis horas, terá passado das avenidas coloniais da cidade de Belize para uma catedral subterrânea que os antigos maias consideravam ser a porta de entrada para outra dimensão.